28 de janeiro de 2015

Real...e para sempre.

Não quero ser a mulher dos teus sonhos. Não quero ser algo que colocas num pedestal e admiras. A mais bela, sempre impecavelmente arranjada. Não quero ser escultural. Não quero ser quem te bajula e faz todas as vontades. Que só tem dias bons e sorrisos. Que nunca falha e é perfeita.
Quero ser a tua mulher real. Aquela com quem reclamas. E que reclama contigo. A que também acorda despenteada e com cara de poucos amigos. Povoada de imperfeições! Aquela que tem falhas e omissões, mas que sabe pedir desculpa. Aquela que contigo adormece e te deixa enroscar quando a cama está fria. A que te prepara um café pela manhã, antes de saíres de casa. A que te dá ó último quadrado de chocolate! A que espera por ti para jantar, nos dias longos em que chegas tarde. A que, pelo dia, te recorda que te ama. A que te acompanha. A que te desafia a chegar mais longe. A que precisa de um abraço especial num dia mau. A que dá colo às tuas birras.
Não quero ser a mulher ideal: quero ser a tua mulher real.


(Créditos da escrita: Rita Leston)

21 de janeiro de 2015

O céu ganhou uma estrela...

"A morte não é nada. Eu apenas atravessei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para cada um de vocês, continuarei a sê-lo. Chamem-me pelo nome que sempre me chamaram, conversem comigo de forma espontânea, como sempre fizeram. Vocês continuam a viver no mundo das criaturas, eu agora vivo no mundo do Criador! Não utilizem um tom diferente, solene ou triste. Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, riam, pensem em mim. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi. Sem ênfase algum, sem sombra ou tristeza. A vida continua a ter o mesmo significado que sempre teve, não houve nenhuma quebra de continuidade. Porque deveria estar fora dos vossos corações, apenas porque estou fora da vossa vista? Eu não estou longe, apenas atravessei para o outro lado do Caminho... Eu estou à espera...aqui ao lado. Vocês que ficaram aí, sigam em frente. A vida continua linda como sempre foi. Está tudo bem." Adaptado de Santo Agostinho

7 de janeiro de 2015

"Um problema de expressão..."

Ontem dei por mim a ouvir uma expressão que já não ouvia há muito - "Boas" - e então lembrei-me que há assim cerca de meia dúzia de expressões que me esfrangalham os nervos. Passo a debitar: - "Boas!" - Podemos ter boas pernas, boas mamas, boas qualquer coisa, mas "Boas!" como forma de cumprimento, não, please. - "Boa continuação!" - "Continuação". Ponto. - "Prontos" - "Estamos prontos" ou "Os rissóis estão prontos". É "pronto" que se diz minha gentinha boa! - "Tá tudo" - A expressão correcta é "Está tudo bem/ok". Comam comida, não comam palavras nem sílabas. - "Ya" - Não estamos em Angola, sim? - "Temos pena" - As galinhas também têm penas e nem por isso andam por aí a gabar-se. "Já fostes" - Sem comentários. Abstenho-me de opinar sobre expressões, tipicamente, da malta jovem como "bué", "lol" (escrito ok; oral, riam-se), "dãa", "tipo assim" e outras que tais.

3 de janeiro de 2015

Rua das Flores

Há uns bons meses atrás, por motivos profissionais tive de ir à Rua das Flores (Porto) e fiquei, agradavelmente, surpreendida com a renovação que tinham feito à rua (não obstante, o erro arquitectónico que, a meu ver, existe em termos de passeios/rua. Acho aquele ligeiro desnível ridículo e perigoso para os mais idosos, por exemplo). Lembro-me de ser pequenita e ir à Rua das Flores comprar roupa no Refilão (será que é por isso que eu sou tão "refiloninha"?! Adjectivo dado pela minha mãe. Discordo totalmente, claro) ou passear pela rua a ver as montras das ouriversarias. A Rua das Flores renasceu e está na moda (aliás, como toda a baixa do Porto...). Apesar da quantidade de lojas de "monhés" e "chinesices", a rua tem pinta e acredito que, a seu tempo, mais lojas trendy aparecerão. A vizinha Mouzinho da Silveira, provavelmente seguirá o mesmo caminho e até o Avillez já abriu lá o seu "Cantinho". Depois dessa visita no início do ano à dita rua, voltei lá muito recentemente e, confesso, que fiquei ainda mais admirada. Não só a maior parte dos espaços se mantiveram, como novos surgiram (Bolas de Berlim, Pastéis de Nata, Chocolatarias, Casa de Chá...) e a "roupagem" que deram aos espaços tipicamente feios (como as caixas da luz) foi de grande valor e interesse estético. Aconselho, vivamente, a que parem na Ouriversaria Aliança/Jóia da Coroa e desfrutem de um chá e um scone (são mesmo bons!! Finalmente um local público com scones bons como os que eu faço em casa!). Levem boa companhia (obrigada F.) e fiquem a deitar conversa, porque acreditem que vale mesmo a pena...